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ALCOCHETADAS

Temas e notícias diversas sobre questões relacionadas com o ensino, actividades escolares, questões sociais e das novas tecnologias.

ALCOCHETADAS

Temas e notícias diversas sobre questões relacionadas com o ensino, actividades escolares, questões sociais e das novas tecnologias.

30
Mar08

YOU TUBE


marquesarede

Quando, em 1995, António Guterres se enganou, frente às câmaras de televisão, a fazer de cabeça as contas do PIB (Produto Interno Bruto) o país ficou mais culto. É que, de repente, a maioria esmagadora da população passava a saber o que era o PIB, essa coisa distante, que vivia na boca dos políticos, economistas, alguns jornalistas e pouco mais. Agora, o vídeo da professora brutalizada na Carolina Michaelis, bem como todos os outros que todos os dias aparecem, está a ter o mesmo efeito: o país e ,sobretudo, os pais já sabem o que é o YouTube, essa coisa distante, que praticamente só vivia na boca dos filhos e que nunca despertou mais do que um longo bocejo à maioria dos encarregados de educação.

Uma leitura rápida por comentários deixados na web, em sites de jornais, em páginas de redes sociais, em blogues e etc, não deixa dúvidas: O culpado está descoberto. Desta feita, Satã assumiu a forma de site, vive na Internet e chama-se YouTube. Feche-se o YouTube! Processe-se o YouTube! Que Deus nos proteja do YouTube! Vamos já todos a correr para o Second Life, com a esperança de estar já montado o pelourinho virtual onde se queimará este demónio da modernidade...

Há uma geração inteira de pais e educadores que insiste em se demitir de perceber as implicações de se viver numa sociedade que realmente já não funciona da mesma forma, ao mesmo tempo que apetrecha os filhos com telemóveis de última geração e ligações à rede em computadores igualmente de última geração, pensando que se está a fazer bem. É o mesmo que pôr bólides de Fórmula 1 na mão de miúdos entre os 14 e os 18 ou 19 anos e mandá-los para a estrada.

Se hoje se acender a palha que se pretende que queime o YouTube , amanhã haverá mais mil YouTubes novos. É que ali entram 11 milhões de vídeos de todo o mundo por dia. Exacto, leu bem: 11 milhões por dia. Está lá tudo. Da violência na escola ao ensino de culinária, passando pela aprendizagem da música e a partilha de momentos de festa. Sim, há miúdos adolescentes em ambiente de festa, em vídeos inofensivos e com muita piada, onde se vê sobretudo camaradagem. Tudo o que se possa imaginar está no YouTube, até as perguntas de utilizadores aos candidatos à presidência dos EUA estão lá e foram passadas em directo pela CNN no debate nacional sobre o assunto. No entanto, são os pais que escolhem onde querem que os filhos figurem: num vídeo de violência e indisciplina escolar, ou no festejo de um golo da sua equipa favorita.

Vale a pena visitar o YouTube (ver link no fim deste texto) e falar com os miúdos sobre o assunto ou até pedir-lhes ajuda para encontrar conteúdo útil ou de lazer. A melhor maneira de desmobilizar o que se faz às escondidas continua a ser deixarmos perceber que também nos sabemos mover nos universos alternativos. Certamente que não resultará para todos, mas o resultado só pode ser melhor do que o actual.

As proibições e os castigos sobredimensionados nunca resultaram se não em apelo à resistência, o que pode realmente entornar o caldo no que toca ao uso da Internet.

Há um exemplo claro: no exacto momento em que um juiz brasileiro sentenciou, em 2007, o YouTube a uma multa e o obrigou a retirar o vídeo que mostrava uma quente Daniela Cicarelli (com um não menos acalorado namorado), em cenas escaldantes numa praia no Sul de Espanha, milhares de reproduções do mesmo vídeo foram replicadas por sites anónimos na Internet.

O editorial da revista brasileira "Veja" - considerada a "Time" do Brasil -, não podia ter sido mais certeiro sobre a sentença: "Feliz o país cuja cultura, cujo ambiente de negócio e cuja visão de mundo produzem o iPhone e o YouTube. Pobre do país que proíbe o YouTube".

Estava tudo dito.

Miguel Martins, editor de Multimédia do Expresso
30
Mar08

BATALHA NAVAL vs TELEMÓVEIS


marquesarede

A "diversidade" de alunos nas escolas e o apelo à "distracção" pelos media podem justificar a indisciplina nas escolas, um fenómeno que sempre existiu, mas que tem hoje maior divulgação, defende uma investigadora da área da educação.

"Há um público mais diversificado, a escola democratizou-se e há outros códigos culturais, outras maneiras de estar e de pensar que não são compatíveis com os valores que a escola pede. A escola alargou-se mas não se modificou e a sua estrutura já vem muito de trás", explicou à Lusa a investigadora do departamento de educação da Faculdade de Ciências de Lisboa Maria Benedita Melo.

Este é um problema "generalizado" do primeiro ciclo à universidade onde, segundo a investigadora, as "diferentes etnias, diversas culturas e graus económicos distintos" estão em dissonância com o modelo escolar.

Face ao problema, a socióloga salientou, no entanto, que, "apesar de tudo", hoje em dia não há mais indisciplina, mas sim mais divulgação.

"Tem-se muito a ideia de que no passado é que era bom, mas não é verdade. Alguns estudos têm demonstrado que não há mais miúdos indisciplinados, há é mais divulgação. Antes não havia telemóveis, mas jogava-se à batalha naval", explicou.

Para a investigadora, a influência dos media e de uma cultura visual que "apela mais à distracção do que ao trabalho e mais ao lazer do que ao esforço" contribui também para a "resistência" dos alunos à disciplina.

"Mas isto é um problema generalizado e diversos estudos demonstram que estas questões são recorrentes nas escolas europeias", concluiu.

Indisciplina é modelo em casa

Para a socióloga, a indisciplina não existe apenas nas escolas e baseia-se no aparecimento de "uma atitude diferente entre os mais novos e os mais velhos".

"O modelo de autoridade que existia foi substituído por um modelo mais negociável entre pais e filhos e também entre alunos e professores. Só que na escola é mais difícil impor regras e comportamentos a quem não os quer receber porque em casa não é assim", sublinhou a investigadora, acrescentando que os "miúdos" acabam por transportar para a escola esse modelo.

Professores sublinham mudança de valores

Opinião diferente têm Madalena Ferreira, uma professora em fim de carreira, e Raul Mendes, um professor reformado, que são unânimes em afirmar que a indisciplina está cada vez mais presente nas salas de aula portuguesas, causada por mudanças na sociedade e dos seus valores e por políticas educativas "que não têm respondido ao problema".

A professora de economia e sociologia, que lecciona há 31 anos numa escola de Torres Vedras, disse à agência Lusa que "houve um aumento da indisciplina desde que se generalizou o acesso à escola e se massificou o ensino".

"A indisciplina tem a ver com a própria mudança da sociedade, onde se assistiu a uma mudança de valores: existe uma grande falta de respeito e os alunos não ouvem os outros", explicou.

Para Raul Mendes, antigo professor de português e latim, que leccionou durante 35 anos em Setúbal, a indisciplina "está de tal forma disseminada no ensino público, que muitos professores já nem fazem queixa destas situações ao conselho directivo das suas escolas e convivem com elas como se se tivesse tornado norma".

Autoridade caso falhe o diálogo

"As políticas do ministério da Educação também têm contribuído, existindo um desrespeito pelos professores, que se estende aos alunos", explicou Madalena Ferreira.

Ambos concordam que estas situações são mais frequentes no terceiro ciclo, apesar de no ensino secundário também existirem.

"Para resolver estas questões é preciso autoridade, que o professor se afirme e que não deixe passar situações mais graves. Mas há que tentar sempre a via do diálogo, falando com os alunos e reflectindo com eles", justificou a professora de economia e sociologia.

"A autoridade consegue-se muitas vezes com uma postura mais distante, para a qual a idade e a experiência também ajudam", explicou Raul Mendes.

Fonte: Lusa
23
Mar08

LAXISMO EM TRIBUNAL


marquesarede

Mãe teve de pagar por agressão do filho

Um tribunal da cidade espanhola de Sevilha condenou uma mãe a pagar uma multa de 14 mil euros, depois do seu filho ter agredido um colega na escola.

Lêr a noticia aqui: El País

22
Mar08

A QUALIDADE DO ENSINO


marquesarede

Valerá a pena repisar nas postagens de hoje e sem querer ser muito fastidioso ,um registo final das pesquisas e navegações a propósito do ensino na Suiça, suas virtudes as suas aplicabilidades e sobretudo a grande demonstratividade de toda a comunidade educativa e do País em geral sobre este tema.

Na minha perspectiva algo que mereçe ser analisado, avaliado e porque não, servir de exemplo sobre o muito que por cá nos falta fazer e essencialmente a nossa falta de envolvência num problema nacional e que na Suiça se encontra em larga e difusa discussão a nível geral. Alunos, pais,professores, escolas, organismos oficiais, empresas, etc.etc.

 

Paysage suisse des hautes écoles:
150 réponses à la consultation sur le projet de loi

Elaboré suite à l'adoption par le Peuple, en 2006, des nouvelles dispositions constitutionnelles sur la formation, le projet de loi fédérale sur l'aide aux hautes écoles et la coordination dans le domaine suisse des hautes écoles (LAHE) a rencontré un large écho en consultation. Le Secrétariat d'Etat à l'éducation et à la recherche a enregistré près de 150 prises de position déposées dans le délai voulu. Le projet de LAHE règle dans une seule loi l'aide financière de la Confédération aux universités cantonales et aux hautes écoles spécialisées et définit les structures communes de la Confédération et des cantons pour le pilotage politique de l'ensemble du domaine suisse des hautes écoles.

 

Les avis recueillis émanent des collectivités et associations suivantes:

Acresce referir que o secretário de estado suiço para a educação, e o Gabinete federal da formação profissional e da tecnologia, conjuntamente trabalham sobre a elaboração de um relatório consolidando os resultados da consulta dirigida ao Conselho Federal.

O Conselho Federal após debate em final de Maio de 2008, decidirá da melhor sequência dos trabalhos realizados.

Assim se olha para a educação na Suiça.

 

22
Mar08

AVALIAÇÃO NA SUIÇA


marquesarede

 

Dossier HarmoS: O debate sobre avaliação na Suiça

 

Poderá encontrar os originais de todos os documentos que são citados no dossier HarmoS que estão no numero 9 do "L'Educateur"

 

Em formato PDF aqui:

22
Mar08

AVALIAÇÕES NAS ESCOLAS SUIÇAS


marquesarede

Hoje em dia, não são apenas os estudantes que sofrem pressão.Docentes em universidades e escolas técnicas na Suíça estão sendo qualificados por número de estrelas. Elas são dadas através de uma avaliação "online" feita pelos seus próprios alunos.

O site MeinProf.ch funciona desde dezembro do ano passado. Professores que recebem más notas reclamam do tratamento.

 

Desde que foi lançado, o site MeinProf.ch já recolheu duas mil e quinhentas avaliações. Para alguns professores elas trouxeram algumas surpresas, se bem que nem todas agradáveis. Se ensinar swahili, o idioma bantu falado em países como o Quênia, Tanzânia ou Uganda, garante boas notas, exortar as virtudes da informática ou da boa gestão não significa conquistar o coração dos estudantes.

 

Toda a notícia aqui:Swissinfo

22
Mar08

PROFESSORES INOVADORES


marquesarede

4ª Conferência de Professores Inovadores
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Lisboa
26 de Março de 2008

A Microsoft organiza pelo 4º ano consecutivo a Conferência de Professores Inovadores, um evento exclusivo para professores dos Ensinos Básico e Secundário. Este ano, para além de uma
agenda que reunirá testemunhos e intervenções sobre os temas “Escolas, Professores e Alunos Inovadores” a oportunidade de assistirem à apresentação das novas ferramentas MS Web 2.0 e ao lançamento da versão portuguesa do Microsoft Matemática. 

Poderão levar o  pc e escolher um dos Workshops de Formação - Learning Essentials, “Caderno Digital”, “A geração Live”, “Popfly”, “Visio” e “Ms Matemática” desenvolvendo recursos pedagógicos próprios.
Como prémios  – laptops, pdas, e quadros interactivos para a  Escola.

Aqui:
Inscreva-se já!
22
Mar08

AVALIAR E QUALIFICAR


marquesarede

 

As profissões desqualificadas e mal pagas estão a crescer em Portugal e é cada vez menor o peso relativo dos empregos com maior qualificação e que merecem melhores retribuições. Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística revelam que o emprego está hoje mais desqualificado, quando se esperaria o contrário. Esta é a realidade em Portugal.

O investimento em educação - e é a educação juntamente com a formação que qualificam - deverá reunir três condições: primeiro, a oferta educativa deve ser de qualidade e percepcionada como tal; segundo, terá que promover um ganho de capital humano que se traduza em capital financeiro; por último, deve, caso se verifiquem as condições anteriores, permitir acesso a novos patamares de qualificação com qualidade e que se traduzam igualmente em retorno do investimento (ou que criem essa expectativa fundamentada). É imperioso que as pessoas que procuram e atingem qualificação não alcancem apenas fogos-fátuos de crescimento no autoconceito e na auto-estima, que se apagam seis meses depois da obtenção do diploma. Aquele diploma que daria a "nova oportunidade". Há que fazer melhor pelas pessoas e pelo país.

A dúvida em Portugal prende-se, então, no imediato, com a segunda das condições. O esforço de qualificação não se traduz de forma clara em melhoria no emprego e no salário (nem cria essa expectativa). Mas a dúvida adensa-se também quanto à primeira das condições, que é substantiva. Será a oferta educativa em Portugal uma oferta de qualidade? E quem a avalia?

Pensemos na Educação não superior. Nos alunos, nos professores e nas escolas. Os primeiros, os alunos, são avaliados por uma direcção-geral do Ministério da Educação, que lidera o processo de avaliação dito educacional externo às Escolas.

Os professores são avaliados por uma outra direcção-geral suportada por um conselho científico, verdadeiramente presidido pelo ministro, que pode não ser cientista. A seguir, passa-se, pelo menos aparentemente, o processo para as escolas, para que alguns professores avaliem outros. Tudo regulado. Este ano desregulado. Menos centralizado (?), mas nada externo nem independente.

As escolas são avaliadas pela Inspecção-Geral da Educação. Avalia-se, supostamente, para melhorar. É para isso que a avaliação serve. Mas quem avalia e pode ajudar a melhorar é quem verifica também da conformidade e pune… Paradoxal?

A avaliação da educação não superior em Portugal é tarefa do ministro, que a delega geralmente num director-geral. Podem o ministro ou o dirigente nomear personalidades externas para apoio, quase sempre em minoria e em estruturas colegiais ad hoc, ou recorrer, em situações excepcionais, a entidades como o Conselho Nacional da Educação.

Não temos em Portugal avaliação externa e independente sobre o sistema de educação. Este facto é claramente uma perda para o sistema e para o País. Impede a definição de modo fundamentado e depois a monitorização de políticas e iniciativas. Impede que os cidadãos tenham segurança na informação que lhes é disponibilizada sobre educação.

Seria importante a criação duma agência de avaliação externa da Educação não superior, de composição independente e qualificada e na qual o ministério não tivesse presença maioritária nem a sua presidência. Um modelo capaz de produzir indicadores fiáveis e monitorizáveis sobre: as aprendizagens dos alunos; o exercício e desempenho profissional e o bem-estar dos professores, pessoal técnico e pessoal não docente; a opinião dos pais sobre as escolas; e o envolvimento de actores não tradicionais no ensino. Um modelo corajoso e forte e não uma iniciativa fortuita, por muito meritória que se afigure e por mais respeitado que seja o "chefe dos avaliadores".

O sistema de educação necessita de estabilidade. Mas só haverá estabilidade quando tivermos informação. E só conseguiremos superar verdadeiramente o desafio da qualificação quando o sistema informar sobre a qualidade, a capacidade de gerar retorno e de produzir expectativas positivas nos indivíduos.

Para qualificar te(re)mos que avaliar.|
José Manuel Canavarro
pró-reitor da Universidade de Coimbra

 

FONTE: DN

22
Mar08

Alunos hoje exigem novas competências dos professores?


marquesarede

 

Factor de destabilização

É uma das imagens de marca do país: afirma-se muito, questiona-se pouco. Ontem, João Amado, psicólogo, professor da Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação de Lisboa, que tem trabalhado sobre a indisciplina nas escolas, confirmou que isso estava de novo a acontecer a propósito do incidente na escola Carolina Michaelis, no Porto.
Ele voltou a estranhar. Algumas questões que lhe surgiram quando foi confrontado com as imagens nos telejornais de quinta-feira: "Em que medida é que aquela professora tem preparação para dar aulas? Haverá um trabalho conjunto naquela escola? Quantos pais aproveitaram esta circunstância para dialogar com os filhos?"
Numa estação de comboio, o psicólogo ouviu um diálogo entre avós e dois netos, com idades por volta dos 10 anos. A avó interrogava-se por que é que os outros alunos não tinham feito nada para dissipar o incidente. "Porque têm medo dos outros", respondeu o neto. A coacção exerce-se a vários níveis. "Há muito mau clima nas escolas, nas turmas", constata João Amado.
"A maior parte dos professores lida com situações desse tipo apenas com a sua intuição", admite Mário Nogueira, presidente da Federação Nacional de Professores. O dirigente sindical admite que a oferta é mínima ao nível da formação em questões relacionadas com a indisciplina e a violência. E acrescenta: "Nas acções de formação contínua a que os professores vão ter acesso a partir do próximo ano, que contarão para avaliação de desempenho, se um professor escolher aquela temática valerá zero do ponto de vista da carreira.
Mário Machaqueiro, da nova Associação de Professores em Defesa do Ensino, docente há mais de 20 anos, queixa-se dos "treinadores de bancada": "Não fazem ideia da realidade que se vive hoje nas escolas." Mas Machaqueiro não acha que os docentes devam ter uma preparação específica para lidar com a crescente indisciplina nas escolas: "Os professores têm formação para lidar com crianças e jovens que entram na escola já com o mínimo de regras de civismo adquiridas", afirma, sublinhando que a transmissão destas competências cabe, em primeiro lugar, às famílias. À escola cabe, em primeiro lugar, "transmitir conhecimentos". Um problema identificado: esta função tende cada vez mais a ser desvalorizada. "Muitos dos jovens não estão inseridos numa cultura familiar que valorize a exigência e o saber."
Fingem não ver
Anabela Moronho, professora há 22 anos, está indignada. Com o Ministério da Educação, com as famílias, também com alguns colegas. "Já me passaram muitas gerações pelas mãos e está cada vez pior. Em termos comportamentais, mas também de abandono afectivo." Principais responsáveis, segundo ela: os pais. "Mas existem também muitas pessoas que não estão vocacionadas para o ensino. Há professores que fingem que não vêem o que se passa, mesmo que lhes estejam a atirar pedaços de giz ou a chamar nomes."
"Há alunos e alunos e pais que são maus exemplos. Mas isso não desresponsabiliza a escola, que tem de estar preparada para esta situação de diversidade", alerta João Amado.
O psicólogo recusa, contudo, que a agilização dos procedimentos disciplinares, alegadamente contemplada no novo Estatuto do Aluno, venha resolver alguma coisa: "A autoridade que os alunos têm de reconhecer no professor não passa pelo que está escrito nos regulamentos, mas sim pelo modo como se exerce a docência."
Nas escolas, a violência não se exerce só para um lado: "O respeito pelos professores é fundamental, mas os alunos também têm que ser respeitados", adverte o psicólogo, sublinhando que não poucas vezes "os procedimentos disciplinares são motivo para grandes injustiças".
Noronha, Machaqueiro e Anabela Moronho coincidem na acusação: "Todo o discurso do político, do Ministério da Educação, tem sido conduzido para desvalorizar a autoridade dos professores perante a opinião pública." Clara Viana

fonte "o Público"

Outras notícias sobre o tema aqui:
Linha SOS Professor quer que Ministério se pronuncie sobre agressão

Associações de Pais condenam agressão de aluna a professora

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