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ALCOCHETADAS

Temas e notícias diversas sobre questões relacionadas com o ensino, actividades escolares, questões sociais e das novas tecnologias.

ALCOCHETADAS

Temas e notícias diversas sobre questões relacionadas com o ensino, actividades escolares, questões sociais e das novas tecnologias.

30
Mai07

Semelhanças preocupantes


marquesarede

Aqui fica uma notícia cujo teor deverá deixar extremamente preocupada toda a nossa comunidade educativa, tanto mais que as semelhanças com alguns dos elementos usados na construção de alguns edifícios escolares, como sucede com a EB 2,3 D.Manuel I, relativamente e em especial ás telhas de cobertura dos blocos, obriga a uma imediata reflexão e análise ao caso vertente.

 

AQUI FICA A NOTÍCIA PUBLICADA HOJE NO JORNAL " O RIBATEJO"

 

Número invulgar de doenças oncológicas deixa escola em alerta

O número invulgar de doenças do foro oncológico que têm sido detectadas em funcionários e docentes da Escola de Secundária do Cartaxo está a causar preocupação na comunidade escolar local.

Existem suspeitas de que possa haver uma relação causa - efeito com os materiais dos blocos e pavilhões escolares, feitos em fibrocimento e ricos em amianto.

A direcção da escola solicitou mesmo uma vistoria técnica à Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL), em 11 de Abril de 2006.

Em resposta, a DREL considerou que não seria necessário proceder à análise porque já tinha medido as fibras no ambiente de 10 outras escolas com maior concentração de fibrocimento que a secundária do Cartaxo, tendo concluído que os valores relativos à concentração de amianto eram insignificantes e muito menores que o valor limite da exposição (fixado pela directiva nº 2003/18/CE).

“Para já, não há nada de concreto, mas é óbvio que a situação está a deixar apreensivos os encarregados de educação e os responsáveis da escola”, afirmou ao jornal "O Ribatejo" o vereador Pedro Magalhães Ribeiro, sublinhando que não há ainda qualquer razão para alarme.

Mas, tendo em conta o número de casos assinalados nos últimos três anos, a Câmara Municipal do Cartaxo vai pagar uma vistoria técnica independente, que já foi solicitada ao Instituto Ricardo Jorge.

A análise deverá ocorrer na segunda quinzena de Junho, adiantou Pedro Magalhães Ribeiro, tendo em conta o elevado número de solicitações que estão a dar entrada naquele laboratório.

Para poder ser realizada, a vistoria já teve autorização por parte da DREL, e será acompanhada pela Delegação de Saúde do Cartaxo, visto existir o risco deste ser um problema de saúde pública.

30
Mai07

CONFERENCIA


marquesarede

No período de 8 a 21 de Novembro, irá ter lugar em Lisboa, no Centro de Congressos de Lisboa - AIP - a XI Conferência Europeia e Regional sobre o Abuso e Negligência de Crianças, que resulta de uma parceria entre a Associação de Mulheres contra a Violência e a International Society for Prevention of Child Abuse and Neglect (ISPCAN).

 

Para saber mais link: 

 

XI Conferência Europeia e Regional sobre o Abuso e Negligência de Crianças

30
Mai07

DIÁLOGOS EM TORNO DA EDUCAÇÃO


marquesarede

No âmbito dos “Diálogos em Torno da Educação”, a Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular irá proceder ao lançamento do CD-ROM, “31 Alerta - Imagens à Descoberta”, de Elisa Marques e Pedro Sousa.
A sessão terá lugar no espaço Noesis da Direcção-Geral supracitada, no próximo dia 5 de Junho, pelas 14h30.


Consultar programa. 

30
Mai07

AFEP um recurso


marquesarede

A AFEP é uma Associação de Utilidade Pública e Representatividade Genérica que se dedica à formação, intervenção e investigação no domínio da Educação Familiar e Parental. Privilegiando a intervenção precoce e preventiva, tem desenvolvido um trabalho com adultos e jovens ao longo da última década. É membro da Federação Internacional para a Educação de Pais e participa no Conselho Nacional da Família desde o seu início. A AFEP é um movimento de inspiração cristã que considera os pais (pai e mãe) suportes de relações afectivas estáveis com os filhos, e principais responsáveis pelo seu desenvolvimento. Ao longo da sua intervenção tem promovido vários projectos no âmbito dos Programas “Jovens para a Europa” (IPJ), “Ser Criança”(Ministério do Trabalho e Solidariedade), Programa- Quadro Prevenir II- Eixo de Intervenção: Prevenção na Família (IDT), “Intervenção na Família” do Departamento de Acção Social da Fundação C. Gulbenkian

 

A.F.E.P. - Associação para a Formação de Pais

(AFEP)
Avenida Luís Bivar, n.º 35 - 3.º andar
-
P-1050-141-LISBOA Lisboa

Tel:+351213527616
Fax:213533853
Email:afep@sapo.pt

30
Mai07

Higiene Oral


marquesarede

Saúde Oral: Sorria sem medo



Nomes como cirurgias, pontes, cáries, aparelhos, tártaro, flúor, pastas, obturações, gengivites, infecções entre muitos outros fazem parte do nosso imaginário. Tentámos abordar todos eles para que fique a saber tudo o que precisa acerca da sua saúde oral e para ter um melhor sorriso.


«A Saúde Oral em Portugal não é brilhante, mas está a melhorar». Esta é a convicção do Dr. Pedro Santos, médico dentista há mais de onze anos e médico de clínica geral.

Os factores que levam a que a situação não seja melhor prendem-se com o facto de que só existe saúde oral em Portugal há cerca de 30 anos. Anteriormente eram apenas os estomatologistas que tinham a cargo esta área da saúde. Um outro motivo estava forçosamente interligado com a dificuldade de acesso à medicina dentária através do Serviço Nacional de Saúde. Pensar em ir ao dentista é sempre ficar com a ideia de clínicas privadas e custos altíssimos na cabeça.

O alheamento do Serviço Nacional de Saúde é, para muitos, um mistério, mas o dentista avança como possível justificação o facto de que «a medicina dentária é muito cara. Os materiais são muito caros, tanto mais que do pouco que se faz no serviço público, está apenas associado ao tratamento, descurando por completo a parte da prevenção e da reabilitação. Se alguém não tem dinheiro para ir a um privado, arrisca-se seriamente a ter uma saúde oral deficiente».

Toda esta situação assume contornos ainda mais relevantes se atendermos ao nível de vida dos portugueses, pois, «sei de casos em que ficou mais barato irem ao Brasil fazer um tratamento completo, do que pagar só o custo do material cá em Portugal. São situações económicas muito diferentes. Creio mesmo que no nosso País a solução de futuro passará pelas seguradoras com os cartões de saúde», referiu o médico-dentista.

Actualmente, e graças a directrizes da Organização Mundial de Saúde, o Ministério da Saúde implementou um programa gratuito nas escolas que tem como propósito promover a educação oral nas crianças. Higienistas e dentistas deslocam-se às escolas e fazem rastreios, aplicam flúor, despistam cáries e ensinam a escovar como deve ser os dentes. É uma iniciativa com resultados a longo prazo, mas Pedro Santos acredita ser este o caminho, pois, «as crianças mais tarde vão ser pais e, se souberem como escovar os dentes como deve ser, como ter uma boa saúde oral, ensinarão isso aos seus filhos.

A saúde oral nas crianças e nos jovens

A cárie dentária é muito prevalecente na população infantil e jovem. Porém, a sua prevenção é fácil e para isso basta escovar os dentes com um dentífrico com flúor, todos os dias, desde o nascimento do primeiro dente.

Em Portugal, no ano 2000, apenas 33% das crianças até aos 6 anos estavam livres de cáries. Os professores e os pais têm um papel importante a desenvolver junto das crianças no que diz respeito à formação dos hábitos alimentares. Sabe-se que os alimentos ricos em açúcar – doces e bebidas açucaradas – aumentam o risco de desenvolvimento de cáries.

O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral nas escolas tem sido fundamental para reduzir a prevalência de cáries nos mais pequeninos. Junto a um lavatório ou na sala de aula, eles podem escovar os dentes, no final da refeição, com a supervisão e o acompanhamento respectivo dos professores.

Sobre a promoção da saúde oral, nas crianças e nos mais jovens, saiba que:

Até aos 3 anos:

• A higiene oral inicia-se com a erupção do primeiro dente e deve ser feita com uma gaze, dedeira ou escova macia;

• Os pais devem utilizar uma pequeníssima quantidade de dentífrico fluoretado de 1000-1500 ppm (o rotulo do dentífrico contêm a dosagem de fluoreto)

Dos 3 aos 6 anos:

• A criança deve fazer a escovagem dos dentes, com supervisão, pelo menos duas vezes por dia, sendo uma delas obrigatoriamente antes de deitar;

• A escova deve ser macia e ter um tamanho adequado à boca da criança;

• O dentífrico fluoretado deve ter entre 1000-1500 ppm e a quantidade é idêntica ao tamanho da unha do quinto dedo (mindinho) da criança.

Mais de 6 anos:

• A escovagem dos dentes deve ser feita pelo menos duas vezes por dia, sendo uma delas obrigatoriamente antes de deitar;

• A escova deve ser macia ou média, de tamanho adequado à boca da criança;

• O dentífrico fluoretado deve ter entre 1000-1500 ppm, e a quantidade é de aproximadamente um centímetro.

Na adolescência:

• A higiene oral faz parte da construção e do reforço positivo da auto-imagem;

• As expectativas dos jovens acerca dos lábios, boca e dentes, nos planos estético e relacional, são de valorizar.

Doenças dentárias mais comuns

Placa bacteriana

É a acumulação de bactérias nos dentes devido à falta de higiene. Quando ficamos algumas horas sem lavar os dentes, com a própria língua, sentimos os dentes mais ásperos. Isso é placa bacteriana. A simples escovagem e uso de fio dental é suficiente para eliminar a placa bacteriana. Esta pode dar origem a cáries ou evoluir para tártaro.

Cáries

Normalmente, surgem na sequência de uma má higiene. As bactérias aderem ao dente, formando uma camada incolor, denominada placa bacteriana. O metabolismo dessas bactérias leva-as a produzirem ácidos que, em contacto com os dentes, irão causar uma desmineralização formando cavidades, ou buracos nos dentes. O principal sintoma da cárie é a dor e evita-se, acima de tudo, com uma boa higiene dentária, bem como na moderação na ingestão de açúcares.

Tártaro

O tártaro é uma evolução da placa bacteriana. Surge quando a placa bacteriana não é removida, acabando por calcificar, isto é, endurece e fica agarrada ao dente. Normalmente, o tártaro é visível sob a forma de uma camada amarela nos dentes, na linha da gengiva. Apenas o dentista pode remover o tártaro, pelo que convém manter uma boa higienização nunca deixando a placa bacteriana se tornar tártaro.

Gengivite

É uma inflamação das gengivas causada pela presença de placa bacteriana e tártaro nos dentes, próximo das gengivas. A gengiva fica avermelhada e inchada, quando a cor normal é rosa claro. Ocorre frequentemente o sangramento aquando da escovagem, da passagem com fio dental ou mesmo durante as refeições. Normalmente, o local que mais sangra é aquele que precisa de mais cuidados.

Mau hálito

O mau hálito é também conhecido por halitose e tem origem em diversas causas. Podemos dividir as causas em locais (má escovagem, feridas cirúrgicas, periodontites) e sistémicas (diabetes, prisão de ventre), mas a grande génese dos casos de mau hálito são bactérias que se alojam principalmente na língua e que produzem compostos à base de enxofre. Esta situação é perfeitamente normal ao acordar.

Fonte: Medicina & Saúde

30
Mai07

DIGA NÃO AO TABACO!


marquesarede

Dia Mundial sem Tabaco - 31 de Maio de 2007  

Informação

Comemora-se amanhã dia 31 de Maio, à semelhança de anos anteriores, o Dia Mundial sem Tabaco. A Organização Mundial de Saúde estabeleceu para a celebração deste dia o tema "Ambientes livres de Tabaco".

A chamada de atenção para este tema reside no facto alarmante de centenas de milhares de pessoas, que nunca fumaram, morrerem, em cada ano, em resultado de doenças provocadas pela exposição ao fumo do tabaco ambiental (fumo passivo).

Não há qualquer dúvida: a exposição ao fumo ambiental do tabaco é muito perigosa para a saúde das pessoas. Provoca cancro, assim como graves doenças dos foros respiratório e cardiovascular, em crianças e adultos, levando muitas vezes à morte. Não existe um nível seguro de exposição humana ao fumo do tabaco ambiental.

Estas são as conclusões inquestionáveis a que chegaram autoridades de saúde nacionais e internacionais, suportadas por resultados de investigação, rigorosamente revistos e publicados, ao longo de vários anos.

Ambientes 100% livres de tabaco são a única resposta

A evidência científica exige uma resposta imediata e decisiva para proteger a saúde de todos os cidadãos, pelas seguintes razões:

• O fumo ambiental do tabaco mata e causa doenças graves.
• Ambientes 100% livres de tabaco protegem completamente os trabalhadores e o público dos efeitos nocivos do fumo do tabaco.
• O direito a um ar limpo, livre do fumo do tabaco, é um direito humano.
• A maioria das pessoas, em todo mundo, é não fumadora e tem o direito a não estar exposta ao fumo do tabaco.
• Os inquéritos realizados demonstram que a proibição de fumar, em locais fechados, é maioritariamente apoiada, quer por fumadores, quer por não fumadores.
• Os ambientes livres de tabaco favorecem as actividades comerciais, dado que as famílias com crianças, muitos não fumadores e até fumadores preferem, na maioria das vezes, frequentar espaços livres de tabaco.
• Os ambientes livres de tabaco permitem aos fumadores, que querem deixar de fumar, a redução do consumo ou mesmo a cessação do hábito tabágico.
• Os ambientes livres de tabaco ajudam a evitar que as pessoas – especialmente os jovens – comecem a fumar.
• Os ambientes livres de tabaco não têm custos e funcionam !

Para mais informações consultar:
http://www.who.int/tobacco/communications/events/wntd/2007/en/index.html

Visite também a área da Educação para a Saúde dedicada ao tabaco

30
Mai07

Sugestões para praticar


marquesarede

 

50 Sugestões para a gestão dos 
Distúrbios Graves de Atenção (DGA) na sala de aula

Edward M. Hallowell, MD e John J. Ratey, MD - 1992
- in "Internet for Minnesota Schools Project"
Tradução de Jorge M.C. Santos

  1. Em primeiro lugar e antes de tudo certifique-se de que aquilo com que está a lidar são, efectivamente, Distúrbios Graves de Atenção. É verdade que, definitivamente, não compete ao professor diagnosticar os DGA, mas pode e deve certificar-se de algumas coisas. Concretamente, certifique-se que a criança fez, recentemente, exames auditivos e ópticos e que qualquer outro tipo de problemas de cariz médico está excluído. Assegure-se de que foi feita uma adequada avaliação. Faça todas as perguntas necessárias até estar seguro. A responsabilidade de todo o processo referido pertence aos pais, não aos professores, mas estes podem apoiá-los e aconselhá-los.

  2. Em segundo lugar, trate de assegurar os seus suportes pessoais. Ser professor de uma turma onde há duas ou três crianças com DGA pode ser extremamente desgastante. Certifique-se de que tem o suporte da Escola e dos Pais. Assegure-se de que há alguém por perto com quem se pode aconselhar quando tiver algum problema (um pedopsiquiatra, um psicólogo, uma assistente social, um professor especializado em educação especial, um pediatra... o grau académico da pessoa é irrelevante. O que interessa é que essa pessoa tenha bastantes conhecimentos sobre os DGA, já tenha visto bastantes crianças com DGA, saiba qual o papel que pode desempenhar junto da sua sala de aula e que fale honesta e francamente). Tenha a certeza de que os pais estão a trabalhar consigo. Assegure também o apoio dos seus colegas.

  3. Em terceiro lugar, conheça os seus limites. Não tenha medo de pedir ajuda. Não pode pressupor que, por ser professor, tem que ser perito em DGA. Tem que reconhecer que é muito agradável procurar ajuda quando sente que tem necessidade dela.

  4. Pergunte ao adolescente o que é que a pode ajudar. Todos os adolescentes são, muitas vezes, bastante intuitivas. São capazes de lhe dizer como podem aprender melhor, desde que lhes coloque a questão. Frequentemente são desconcertantes quando fazem sugestões de motu próprio já que estas podem ser bastante excêntricas. No entanto, tente sentar-se individualmente com o adolescente e perguntar-lhe como é que ele aprende melhor. Parta do princípio de que o melhor especialista sobre como é que uma adolescente aprende é ele mesmo. É simplesmente espantoso como as suas opiniões são sistematicamente ignoradas ou, quantas vezes, ninguém lhas pede. Além do que foi dito, e especialmente com os jovens, assegure-se de que eles percebem o que são os DGA. Isso poder-vos-á ajudar bastante a ambos.

  5. Lembre-se de que os jovens com DGA necessitam de rotinas educativas, de organização. Precisam de um envolvimento que estruture externamente aquilo eles que são incapazes de estruturar internamente, em si mesmas. Faça listas. Os jovens com DGA beneficiam bastante ao terem listas de tarefas onde possam verificar aquilo que fizeram, o que deviam ter feito, o que terão que fazer. Eles necessitam de memorandos. Necessitam de listas de tarefas a executar. Necessitam de repetições. Precisam de directrizes. Têm necessidade de limites. Precisam de organização.

  6. LEMBRE-SE DA COMPONENTE EMOCIONAL DA APRENDIZAGEM. Estes adolescentes precisam de uma ajuda especial para encontrar prazer nas sala de aula, formas de contrariar a tendência para o insucesso e para a frustração, estimulação em vez de tédio ou medo. É fundamental ter em atenção as emoções envolvidas no processo de ensino-aprendizagem.

  7. ESTABELEÇA REGRAS. Mantenha-as escritas numa lista sempre à vista. A criança sentir-se-á muito mais segura se souber o que se espera dela.

  8. Repita as directivas. Escreva-as. Refira-as em voz alta. As crianças com DGA precisam de ouvir as coisas mais do que uma vez.

  9. MANTENHA UM FREQUENTE CONTACTO OCULAR. Poderá fazer regressar à realidade uma criança com DGA. Faça-o com bastante frequência. Um olhar pode fazer voltar à realidade um aluno que está a "sonhar acordado", provocar uma pergunta que, doutra maneira, não seria feita ou, simplesmente, assegurar o silêncio quando for necessário.

  10. Sente a criança com DGA junto da sua secretária ou perto de qualquer outro sítio onde esteja a maior parte do tempo. Este tipo de ajuda poderá impedir que ela esteja com "a cabeça na lua" entrando em devaneios que acabam por as angustiar bastante.

  11. ESTABELEÇA LIMITES, MARGENS DE MANOBRA. Faça-o de uma forma construtiva, afectiva e não com um sentido punitivo. Faça-o consistentemente, de uma forma previsível, pontualmente e/ou de uma maneira planeada. Não se meta alhadas... Evite grandes discussões argumentativas sobre o sexo dos anjos. Elas tornam-se uma verdadeira diversão para este tipo de crianças. Contenha-se!

  12. FAÇA UM HORÁRIO DAS ACTIVIDADES DIÁRIAS. Afixe-o no quadro, na parede ou na carteira do aluno. Remeta-o frequentemente para ele. Se lhe vai introduzir algumas alterações, como costumam fazer os professores verdadeiramente interessantes, avise a criança bastantes vezes e prepare-a. Transições inesperadas ou quebras bruscas da rotina são verdadeiros "bicos de obra" para estas crianças. Ficam perfeitamente desorientadas... Tenha cuidados muito especiais em prepará-la antecipadamente para toda e qualquer transição inesperada. Anuncie-lhe o que vai acontecer e vá-a avisando repetidamente à medida que a hora se aproxima. Tente ajudar a criança a fazer UM HORÁRIO PARA AS tarefas QUE TEM QUE REALIZAR depois da escola, numa tentativa de evitar um dos estereotipos das crianças com DGA: O protelar as tarefas que têm que realizar.

  13.  
  14. Elimine ou reduza consideravelmente a frequência dos testes realizados em tempo limitado. Eles não demonstram grande valor do ponto de vista educacional e, definitivamente, não ajudam nada as crianças com DGA a mostrar o que sabem.

  15. ARRANJE "válvulas de escape" como, por exemplo, autorizar a criança a sair da sala de aula por alguns momentos. Se isso puder ser introduzido nas regras instituídas para a turma, permitirá que o aluno abandone a sala por um momento antes de "se perder", servindo, simultaneamente, para lhe desenvolver qualidades importantes como a auto-observação e o autocontrole.

  16. PROCURE MARCAR TRABALHOS DE CASA QUE PRIMEM PELA QUALIDADE E NÃO PELA QUANTIDADE. As crianças com DGA necessitam frequentemente de "carga reduzida"! Tem que ter este facto em conta à medida que ela vai progredindo nas aprendizagens. Ela terá tanta dificuldade em concentrar-se a fazer os trabalhos de casa como para estudar as matérias.

  17. AVALIE FREQUENTEMENTE OS PROGRESSOS. As crianças com DGA beneficiam bastante se lhes for dado um feedback quase constante. Ajuda-as a manterem-se no caminho traçado, mantem-nas informadas sobre aquilo que se espera delas e se estão ou não a atingir os objectivos estipulados. Esta constância de informação pode ser bastante encorajadora para estes alunos.

  18. Divida as tarefas mais complexas em pequenos passos. Este é, tecnicamente, um dos pontos cruciais no ensino destas crianças. As tarefas muito longas ou muito complexas rapidamente desmoralizam o aluno e provocarão o emocional e inevitável "não sou capaz...". Ao dividir a tarefa em pequenos passos, que serão sempre menos complexos e de desempenho mais rápido, cada uma dessas pequenas tarefas resultantes parecerão à criança fáceis de executar e dar-lhe-ão a emoção positiva do sucesso. Em geral, estas crianças conseguem fazer sempre um pouco mais do que aquilo que pensam que serão capazes. Ao dividir as tarefas, o professor ajuda-a a provar isso a si mesma. Com as crianças mais pequenas isto torna-se ainda mais importante já que funciona numa perspectiva de prevenir precocemente futuros estados de frustração antecipada. Com as crianças mais velhas ajuda-as a corrigir a atitude fatalista e desmotivante que, tantas vezes, aparece no seu caminho. Este procedimento ajuda-as de muitas outras formas que não interessa estar aqui a enumerar. FAÇA-O SEMPRE.

  19. SEJA LÚDICO, DIVERTIDO, POUCO CONVENCIONAL, APARATOSO. Introduza a inovação na rotina diária. As pessoas com DGA adoram a inovação e reagem com entusiasmo. Ajuda-as a estar atentas - a elas e a si... . Lembre-se que as crianças são pessoas cheias de vida e adoram brincar. Acima de tudo, detestam coisas maçadoras. Grande parte da intervenção que temos com elas envolve coisas potencialmente "chatas": A rotina educativa, as listas de tarefas, os horários e as regras a cumprir. Tem que mostrar à criança que, só por ter de a fazer cumprir estas coisas, não é um professor "chato", não é uma pessoa entediante e a escola não tem que ser, obrigatoriamente, aborrecida. Serviço é serviço, cognac é cognac e cada coisa tem o seu lugar: Se você, de vez em quando, conseguir ser um pouco louco, ajudará bastante...

  20. EVITE A ESTIMULAÇÃO EXAGERADA. Lembre-se que, se a panela estiver tempo demais ao lume, a comida esturra. Assim pode acontecer às crianças com DGA quando são superestimuladas. Tem que aprender a reduzir a chama rapidamente antes que lhe cheire a queimado...aí já é tarde! A melhor maneira de lidar com o caos na sala de aula é preveni-lo antes que aconteça.

  21. EXPLORE E VALORIZE O SUCESSO O MAIS POSSÍVEL. Estas crianças vivem com o insucesso de uma forma tão permanente que precisam de todos os reforços positivos que puderem receber. ESTE ASPECTO NÃO PODE SER DESVALORIZADO: Estas crianças precisam de elogios e beneficiam deles. Adoram ser elogiadas. Bebem os encorajamentos e crescem à conta deles! Sem eles, definham e secam. O aspecto mais devastador dos DGA não são os próprios DGA, mas os efeitos secundários que têm na auto-estima das crianças. Regue bem estas crianças com encorajamento e elogios q.b. .

  22. UM DOS PROBLEMAS DESTAS CRIANÇAS É A FALTA DE MEMÓRIA. Ensine-lhes alguns truques como mnemónicas, spots, etc. Elas têm, frequentemente, problemas graves na memória a "curto prazo". Ajude-os com rimas, dê-lhes deixas, associe acontecimentos a canções conhecidas, etc., etc. São pequenos truques que podem dar uma grande ajuda à "educação" da sua memória.

  23. USE SÍNTESES, ESBOÇOS. ENSINE ATRAVÉS DE RESUMOS. ENSINE REALÇANDO AS COISAS REALMENTE IMPORTANTES. Não é fácil chegar rapidamente à criança com DGA com este tipo de técnica mas, a partir do momento em que ela a compreende, ajudá-la-á bastante a estruturar e dar forma ao que foi aprendido e ao que está a aprender.
    Éum tipo de ajuda que auxiliará a criança a distinguir o que é IMPORTANTE do que é ACESSÓRIO durante o processo de aprendizagem. É durante este processo que ela necessita de argumentos para lutar contra o rol enorme de futilidades a que, geralmente, dá importância.

  24. ANUNCIE, ANTECIPADAMENTE, O QUE VAI DIZER. Depois, diga-o. Depois, diga o que acabou de dizer. A maioria das crianças com DGA, tal como todas as outras, aprende melhor o que vê do que o que ouve. Portanto, sempre que puder, escreva o que vai dizer lendo alto à medida que vai escrevendo. Este simples acto pode ser de grande ajuda. É uma técnica que ajuda bastante a colocar as ideias no seu lugar.

  25. SIMPLIFIQUE AS INSTRUÇÕES. Simplifique as escolhas. Simplifique os horários. E, quanto mais simplificada for a sua linguagem, mais facilmente será compreendida. Ser "palrapatecas" só complica! E use uma linguagem colorida. Tal como os anúncios coloridos, também a linguagem colorida atrai a atenção.

  26. Use o feedback necessário para ajudar a criança a ser auto-observadora. As crianças com DGA tendem a ser fracas observadoras de si mesmas. Frequentemente não fazem ideia nenhuma de como chegaram a determinado ponto ou de como se estão a comportar. Procure dar-lhes essa informação de uma forma construtiva. Faça-lhe perguntas do género: "Sabes o que é que acabaste de fazer?" ou "Como é que achas que podias ter feito isso de outra maneira?" ou "O que é que te parece que aquela menina sentiu quando tu disseste aquilo que acabaste de dizer?". Faça perguntas que ajudem a desenvolver a sua auto-observação.

  27. PONHA SEMPRE POR CLARO O QUE ESPERA DO ALUNO.

  28. Um sistema de prémios é uma possibilidade a considerar como parte de um programa de modificação de comportamento. As crianças com DGA respondem muito bem a incentivos e recompensas. Muitos deles são pequenos empresários...

  29. Se a criança parece ter problemas em perceber indicações de carácter social - linguagem corporal (analógica), tom de voz, etc. - tente, de uma forma discreta, dar-lhe alguns conselhos numa espécie de treino social. Por exemplo, diga-lhe: "Antes de contares a tua história, ouve primeiro o que os outros estão a dizer!" ou "Deves olhar para quem está a falar contigo!". Muitas crianças com DGA são consideradas como sendo indiferentes a tudo ou metidas consigo mesmo quando, de facto, ninguém as ensinou a interagir. Esta competência não aparece naturalmente em todas as crianças, mas pode ser ensinada e treinada.

  30. Ensine-lhes competências que lhes permitam testar a sua atracção pessoal.

  31. Aproveite os mais variados pretextos para pôr um jogo em acção. A motivação é fundamental para lidar com crianças com DGA.

  32. Separe os companheiros de carteira, desfaça mesmo grupos se não funcionam bem em conjunto. Terá que tentar novos agrupamentos até encontrar um que funcione.

  33. Preste muita atenção às pessoas ou actividades a que a criança se prende mais. Estas crianças têm necessidade de se sentir ligadas a qualquer coisa, envolvidas. Quanto mais tempo se mantiverem envolvidas com alguém ou alguma coisa mais motivadas estarão e não será tão fácil "desligarem" e sintonizarem outro tipo de coisas.

  34. Sempre que possível, responsabilize a criança com DGA por qualquer coisa.

  35. Tente pôr em prática um livro de recados escola-casa / casa-escola. Pode ajudar bastante na comunicação entre o professor e os pais e evitar mal-entendidos e crises. Também ajudará bastante a que todos possam dar o feedback que a criança necessita.

  36. Tente usar um "diário de bordo" onde anote os progressos diários do aluno.

  37. ENCORAJE a criança a organizar-se para se auto-responsabilizar por algumas coisas. Breves trocas de impressões no fim das aulas podem ajudar. Se necessário considere a hipótese de ter que usar despertadores, campainhas, etc.

  38. Prepare a criança para o tempo não organizado, quando não existe a estrutura mais ou menos rígida de uma aula, que transmite alguma segurança. Estas crianças precisam de saber, antecipadamente, o que vai acontecer para se prepararem internamente. Se se encontrarem subitamente, de surpresa, em actividades não estruturadas, estas poderão ter o efeito de uma super-estimulação.

  39. Estimule, acaricie, aprove, ENCORAJE, alimente.

  40. Com alunos mais velhos, estimule-os a escreverem as suas notas sobre as questões que se lhes põem durante as aulas. Essencialmente escreverão não só aquilo que lhes é dito mas também a opinião que têm sobre esses mesmos assuntos. Esta técnica ajudá-los-á a ouvir melhor.

  41. Nos testes e exames a escrita manual torna-se extremamente difícil para as crianças com DGA. Considere hipóteses alternativas. Ensine-as a usar um computador ou uma máquina de escrever. Aceite que elas ditem o seu teste a um colega ou ao professor. Permita-lhes fazer os testes oralmente.

  42. Tente ser uma espécie de maestro na execução de uma sinfonia. Antes de começar atraia a atenção da orquestra. Pode usar o silêncio ou algumas pancadas na mesa com a batuta. Mantenha a turma com alguma harmonia apontando para diferentes partes da sala consoante necessitar da ajuda desse sector.

  43. Sempre que possível, encontre para cada aluno um companheiro de estudos em cada uma das disciplinas. Não esquecer de escrever o respectivo número de telefone.

  44. Generalize e normalize a forma de tratamento que dá ao aluno com DGA por forma a atenuar o estigma.

  45. Encontre-se frequentemente com os pais. Este facto evita que os encontros sejam sinónimo de problemas ou crises.

  46. ENCORAJE o aluno a ler alto em casa. Sempre que possível utilize a leitura em voz alta na sala de aula. Use o contar e recontar de histórias. Ajude a criança a desenvolver a capacidade de se centrar num só tópico.

  47. REPITA. REPITA. REPITA.

  48. EXERCÍCIO! Um dos mais eficazes tratamentos dos DGA é o exercício em conjunto da criança e do adulto. De preferência exercícios vigorosos. O exercício contribui para gastar a energia em excesso, ajuda a focalizar a atenção, estimula a produção de algumas hormonas e neuroquímicos que são benéficos e, além disto, é divertido. Assegure-se de que o exercício é divertido e pode ter a certeza que a criança continuará a fazê-lo até ao fim da sua vida.

  49. Com alunos mais velhos, dê ênfase à preparação antes de entrar para a aula. Quanto mais completa for a ideia que o jovem tem do que se vai tratar na aula, melhor será o seu domínio sobre as matérias tratadas.

  50. Esteja sempre atento a um momento de lampejo, de cintilação. Estas crianças são, normalmente, mais talentosas e dotadas do que parecem. Estão cheias de criatividade, espírito lúdico, espontaneidade e boa disposição. Têm tendência para ser um pouco convencidas e gabarolas mas também a ter um espírito generoso, sempre prontas e alegres por ajudar os outros. Têm, normalmente "qualquer coisa especial" que os faz salientar onde quer que estejam. Lembre-se que existe uma melodia dentro de toda esta cacofonia, existe uma sinfonia que espera ser escrita.

Os professores sabem aquilo que muitos outros profissionais ignoram: Não existe um sindroma de Distúrbios Graves de Atenção, mas sim muitos. Os DGA raramente aparecem na sua forma "pura" ; frequentemente, surgem associados a outros problemas como as dificuldades de aprendizagem ou os distúrbios emocionais. É comum dizer-se que os DGA mudam como o vento, inconstante e imprevisível. Da mesma forma podemos dizer, apesar do que nos é serenamente explicado em muitos textos, que o tratamento dos DGA é uma tarefa árdua e que exige grande empenhamento.Não há soluções fáceis para a gestão dos DGA na sala de aula ou em casa. Resumindo tudo o que já foi dito e feito até hoje, a efectividade de qualquer tipo de intervenção reeducativa neste problema depende, essencialmente, da bagagem pedagógica e da persistência da Escola de uma forma geral e, individualmente, do professor.Aqui fica uma série de alvitres para a gestão dos DGA na Escola. As sugestões que se seguem destinam-se aos professores de crianças de todas as idades. Algumas delas serão, obviamente, mais apropriadas para crianças mais novas, outras para jovens, mas os princípios educativos, a estrutura interventiva e os esquemas de encorajamento são válidos para todos.

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