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Jun06
zappings
marquesarede
A alternância entre o ensino público e privado, o chamado zapping escolar, já entrou no quotidiano da vida escolar de milhões de estudantes em França e é um fenómeno em crescimento. Assim, se a escola pública francesa acolhe mais de 12 milhões de alunos e a privada perto de dois milhões, as estatísticas mostram que 49% das famílias (representando 40% dos alunos) já recorreu a um e outro sistemas, chegando a pagar uma média anual de 150 euros de propinas no ensino primário e de 1200 euros no ensino secundário.
De acordo com a percepção sociológica deste fenómeno, o zapping é um fenómeno de recurso a que recorrem as famílias quando o aluno se encontra em dificuldades educativas, psicológicas ou pretende uma mudança do ambiente sócio-cultural, retornando habitualmente ao ensino público quando os problemas parecem solucionados.
A maioria dos pais (62%) refere que o primeiro critério para a escolha do ensino privado é a procura do sucesso educativo do filho, 87 por cento fá-lo pela reputação do estabelecimento de ensino e 79 por cento pelo seu nível educativo. Outra das razões apontadas pelos pais (22%) é a identificação com um bom meio sócio-educativo e a presença ou não de crianças emigrantes (9%) na escola, valor que sobe aos 13 por cento no caso dos pais que optam pelo privado como primeira escolha. A preferência pelo sistema privado faz-se também em função da proximidade geográfica (42%) ou em virtude de razões práticas como o horário alargado.
O factor ideológico parece ter pouca importância na decisão, já que apenas 11 por cento dos pais aponta o seu apego à laicidade (20% no caso dos incondicionais do público) e 5 por cento aos valores religiosos (27% no caso dos pais do privado).
O ministro da educação, Giles de Robien, afirmou mesmo numa entrevista ao Canal Plus francês que os seus próprios filhos já passaram por um e outro sistemas, pelo que, na sua opinião, não faz sentido fazer distinção entre o público e o privado.
De acordo com a percepção sociológica deste fenómeno, o zapping é um fenómeno de recurso a que recorrem as famílias quando o aluno se encontra em dificuldades educativas, psicológicas ou pretende uma mudança do ambiente sócio-cultural, retornando habitualmente ao ensino público quando os problemas parecem solucionados.
A maioria dos pais (62%) refere que o primeiro critério para a escolha do ensino privado é a procura do sucesso educativo do filho, 87 por cento fá-lo pela reputação do estabelecimento de ensino e 79 por cento pelo seu nível educativo. Outra das razões apontadas pelos pais (22%) é a identificação com um bom meio sócio-educativo e a presença ou não de crianças emigrantes (9%) na escola, valor que sobe aos 13 por cento no caso dos pais que optam pelo privado como primeira escolha. A preferência pelo sistema privado faz-se também em função da proximidade geográfica (42%) ou em virtude de razões práticas como o horário alargado.
O factor ideológico parece ter pouca importância na decisão, já que apenas 11 por cento dos pais aponta o seu apego à laicidade (20% no caso dos incondicionais do público) e 5 por cento aos valores religiosos (27% no caso dos pais do privado).
O ministro da educação, Giles de Robien, afirmou mesmo numa entrevista ao Canal Plus francês que os seus próprios filhos já passaram por um e outro sistemas, pelo que, na sua opinião, não faz sentido fazer distinção entre o público e o privado.