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Temas e notícias diversas sobre questões relacionadas com o ensino, actividades escolares, questões sociais e das novas tecnologias.

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28
Mai06

Sindicatos contra avaliação de professores por pais de alunos


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A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), duas das principais estruturas sindicais do sector, manifestaram-se hoje contra a possibilidade de os pais avaliarem o desempenho dos professores, que consta de uma proposta de alteração do estatuto da carreira docente hoje apresentada pelo Ministério da Educação.</aux>


Para o secretário-geral da Fenprof, Paulo Sucena, os pais “não têm competência científica” para tal e a proposta “desvaloriza a profissão de docente”.
Por seu lado, o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, disse à Lusa: “Não aceitamos que os pais decidam a avaliação dos professores, embora concordemos que devem participar numa avaliação global do sistema educativo.”
O Ministério da Educação apresentou à comunicação social as propostas de alteração ao Estatuto da Carreira Docente, entre as quais se inclui a possibilidade de os pais ou encarregados de educação individualmente fazerem uma avaliação do trabalho dos professores que dão aulas aos seus filhos.
Esta avaliação será depois tida em conta, juntamente com a do conjunto da comunidade educativa, para a progressão na carreira.
Questionado na altura pelos jornalistas sobre a possibilidade de esta medida permitir um controlo sobre a avaliação do aluno, o secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, afastou esse risco, afirmando tratar-se de apenas um dos vários elementos de avaliação a que os professores vão estar sujeitos.
A Fenprof opõe-se “obviamente a que os pais sejam actores do processo de avaliação”, porque não têm competência científica para tal e não têm a isenção e o afastamento necessários, podendo condicionar o exercício da profissão e fragilizar ainda mais a imagem da escola e do professor, afirmou à Lusa Paulo Sucena.
“A profissão de docente é extremamente complexa do ponto de vista técnico-científico e não pode ser alvo de avaliação por parte dos pais, porque esta é uma área para que não estão habilitados. É o mesmo que passarem a avaliar qualquer outra profissão”, afirmou Paulo Sucena.
O secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, salvaguardou contudo que os pais não se pronunciariam sobre as competências científicas dos docentes, nem sobre outros elementos objectivos, mas apenas sobre aspectos como a relação pedagógica dos professores com os alunos ou a sua disponibilidade de acompanhamento.
Confrontado com esta afirmação, Paulo Sucena reiterou a sua discordância, afirmando que "a relação pedagogia é de natureza científica" e que para poder ser avaliada “é preciso estar dentro da sala de aula”.
O responsável considerou que esta medida é também constrangedora, na medida em que pode condicionar os professores a darem uma nota ao aluno que não é aquela que acham correcta para não serem mal classificados pelos pais. “Não é justo ser juiz em causa própria. Um pai que subjectivamente entenda que o filho deveria ter 18, quando teve um 14 baseado numa análise feita com rigor científico e objectividade, vai certamente penalizar o professor na sua avaliação”, exemplificou.
Paulo Sucena chamou ainda a atenção para o crescente aparecimento de casos de alunos que atacam e batem nos professores, considerando que esta proposta “pode desautorizar ainda mais o professor perante os pais e os alunos e degrada a imagem do professor perante a sociedade”.
Para este responsável, esta é também mais uma forma de desvalorizar a escola e transmitir a ideia de que o espaço escolar não é um espaço fundamental para o conhecimento. Contudo, Paulo Sucena manifestou-se “muito favorável” à participação dos pais na escola, no desempenho e avaliação dos filhos, mas não desta forma.
O secretário-geral da FNE discordou por seu lado dos termos em que medida é proposta, mas mostrou-se disponível para negociar a participação dos pais na avaliação do sistema educativo. “O documento (com as propostas do ME) foi-nos enviado hoje e deve ser entendido como um ponto de partida”, comentou João Dias da Silva.
A negociação com os sindicatos para a revisão do estatuto da carreira docente começa segunda-feira, sendo intenção da tutela que o novo estatuto esteja em vigor a partir de Janeiro de 2007, altura em que a progressão na carreira dos professores e de todos os outros trabalhadores da Administração Pública será descongelada.












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